quarta-feira, 29 de maio de 2013

Enterrar o "Não Consigo"

Imagem retirada do Google
Sabe aqueles momentos que TODOS os seres humanos passaram ou passam aqui nesse planeta lindo chamado Terra? Aqueles em que você diz "ah! eu não consigo" "que desiste antes mesmo de tentar", "que se considera ínfimo,pequenino, incapaz"? Tenho certeza que toda gente já passou ou sentiu isto. Falo sobre o tema pois já vivi  na pele. O que pude aprender com a situação? Quando algo não acontecia como o esperado, era(e é) sempre por minha responsabilidade, seja por conta de comportamentos, atitudes que tive ou deixei de ter... e fui aprendendo que o "não consigo" era apenas imaginário, não era real, pois se eu quisesse conseguiria e consigo, pois me autoresponsabilizo, me ponho em AÇÃO.
 Ponha-se em AÇÃO e veja os resultados. Agende sua sessão de coaching e venha descobrir como entrar em AÇÃO.
Esta história foi contada por Chick Moorman e aconteceu numa escola primária do Estado de Michigan, Estados Unidos.
Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experiência muito instrutiva, conforme narrou:
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti. Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com ideias e pensamentos.
Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de Não consigo.
Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base.
Não consigo fazer divisões longas com mais de três números.
Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim.
Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que não conseguiam fazer.
Não consigo fazer dez flexões.
Não consigo comer um biscoito só.
A essa altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo. Percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista de Não consigo.
Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.
Os estudantes escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra.
Depois de algum tempo eles foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora.
Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, Donna acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos.
Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá. Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do playground. Ali começaram a cavar.
Iam enterrar seus Não consigo! Quando a escavação terminou, a caixa de Não consigo foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra.
Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada.
Donna então proferiu louvores.
Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do Não consigo. Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros.
Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública - escolas, Prefeituras, Assembleias Legislativas e até mesmo na Casa Branca.
Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs Eu consigo, Eu vou e Eu vou imediatamente.
Que Não consigo possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém.
Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição. A atividade era simbólica: uma metáfora da vida. O Não consigo estava enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa.
Como parte da celebração, Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras Não consigo no topo, Descanse em paz no centro, e a data embaixo.
A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do ano.
Nas raras ocasiões em que um aluno se esquecia e dizia Não consigo, Donna simplesmente apontava o cartaz. O aluno então se lembrava que Não consigo estava morto e reformulava a frase.
Eu não era aluno de Donna. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela.
Agora, anos depois, sempre que ouço a frase Não consigo, vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos, eu também me lembro de que Não consigo está morto.

Do Livro Canja de Galinha para a Alma
Autor: Chick Moorman

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